Com o surgimento de criptomoedas, a idéia de lidar com moedas alternativas (e complementares) paralelamente às moedas fiduciárias se torna menos exótica e não restrita ao mundo das economias desenvolvidas (sistêmicas ou eventuais). As moedas complementares tendem a ser adotadas quando surgem crises econômicas, desemprego e falta de acesso às principais instituições financeiras. Essa pesquisa tem como objetivo comprovar como ambos os lados, cidadãos e governos locais, se beneficiam com um nível mais alto de envolvimento em criptografia digital. O projeto de 36 meses, sendo conduzido de Julho/2019 até Junho/2020 conta com três fases relacionadas a criptomoedas, inclusão financeira e desenvolvimento local:

1. Tipologia de criptomoedas orientadas para desenvolvimento ambiental e social, a partir de coleta de dados através de documentos acadêmicos, sites especializados e entrevista com atores relevantes e pesquisadores do campo. 

2. Análise da situação regulatória em nível nacional e subnacional para capturar as características locais das criptomoedas sendo analisadas além da questão legal sendo desenvolvida para que ela aconteça. A análise incluirá identificação de atores relevantes através do método “Multilevel Framework”, criado para investigar fenômenos de inovação social através da conexão de seus atores.

3. Criação e acompanhamento de um projeto piloto de uma criptomoeda comunitária. Inicialmente será avaliado qual criptomoeda tem maior potencial de ser levada a uma plataforma de cadeia. Em seguida, as regras de governança serão definidas assim como suas características operacionais e técnicas, arquitetura do network, infraestrutura tecnológica, plano de desenvolvimento e avaliação de valores.