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Gerações FGV | FGV no DNA

29.07.2024
Família Buarque

Conheça a história de três gerações de FGVnianos e como eles veem as mudanças dentro da FGV ao longo dos anos

Em homenagem ao Dia dos Pais, o Alumni FGV EAESP teve a oportunidade de entrevistar Eduardo Augusto Buarque de Almeida, da 5ª turma de Administração de Empresas da FGV EAESP, sua filha Flávia Almeida, da turma de 1989 de Administração, e o neto, José Renato Buarque, aluno do 8º semestre do mesmo curso. Os três compartilham memórias e valores aprendidos na escola, além de refletirem sobre as mudanças da FGV ao longo do tempo.

 

 

 

 

 

Avô, filha e neto

Eduardo Augusto Buarque de Almeida foi aluno da 5ª turma de Administração de Empresas da FGV EAESP e foi professor da instituição por 41 anos. Nesse tempo, criou o CPV, cursinho pré-vestibular da FGV, e foi diretor cultural do Centro Acadêmico. Eduardo também consolidou uma carreira corporativa como gerente, diretor e presidente de empresa. Hoje, atua em dois conselhos administrativos, é sócio de fundos de investimento e já investiu em 25 empresas.

Flávia Almeida, filha de Eduardo, é CEO da Península Participações, empresa de investimentos brasileira de capital proprietário da família de Abílio Diniz. É a única pessoa de nacionalidade brasileira que participou do Conselho da Universidade de Harvard (Board of Overseers), nos EUA. Tem uma carreira em consultoria e já foi conselheira em diversas multinacionais.

José Renato Buarque, neto de Eduardo, está no 8º semestre da graduação, foi parte da Liga de Gestão em Saúde, está terminando de escrever seu TCC e estagiando no Citibank. Ele comenta que escolheu a FGV “porque é a melhor faculdade de Administração do país, na minha opinião, e minha família sempre teve boas memórias”, completa.

Para Flávia, a excelência na formação foi um diferencial na escolha pela EAESP. “Sempre quis trabalhar com gestão, quis uma formação mais genérica e o meu pai já era professor da FGV, já tinha estudado na FGV, então a gente tinha muita referência em casa da excelência da Fundação”, explica.


Legenda: Primeira turma do CPV, em que Eduardo é um dos fundadores
e foi professor de História (na foto em uniforme). Na extrema esquerda 
Peter Burmeister, um dos primeiros alunos. Na extrema direita, o colega
de turma Hugo Venturini, primeiro professor de Matemática do cursinho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As oportunidades

Eduardo conta como era a FGV EAESP em seus primeiros anos, em que havia muita proximidade entre alunos e professores. “Eu entrei numa escola maravilhosa! Nós éramos classes pequenas de 30 alunos e tínhamos aula até com professores americanos. Os professores brasileiros estavam chegando da Michigan State University, com mestrado, MBA e alguns com doutorado”, conta. Ele complementa que as oportunidades de trabalho da época eram fantásticas, principalmente das empresas multinacionais. Pelo relato de sua filha e neto, essa ainda é a realidade na FGV.

Flávia explica como os estágios fizeram a diferença em sua jornada. “Comecei a estagiar e fazer FGV cedo. Acho que essa integração da vida real e educação foi muito legal para mim. Fazer o estágio da Johnson, na American Express e em empresas brasileiras complementava muito a formação. A FGV foi responsável por eu entrar na McKinsey, onde fiquei por quase 13 anos da minha carreira. A McKinsey estava entrando no Brasil naquela época e buscava pessoas do CEAG”, relembra Flávia.

Assim como a mãe e o avô, José Renato também teve ótimas oportunidades de estágio pela FGV. “A FGV ajudou bastante no meu estágio no Citibank. A escola tem uma imersão em que você passa uma semana conhecendo o Citi. Foi assim que conheci minha chefe, minha área, e isso me ajudou a conectar com todo mundo e no futuro mandar um e-mail para perguntar se tinha vaga, e no caso tinha, e fui contratado. Ser da FGV é um diferencial dentro do Citi. O pessoal gosta muito da faculdade e do curso”, explica.

A família toda conta histórias e oportunidades de trabalho que tiveram graças à FGV. “Sem dúvida, a FGV abre muitas portas”, conclui Flávia.

Segundo Eduardo, nos últimos anos o número de oportunidades cresceu de forma exponencial, tanto nas empresas privadas quanto nas empresas públicas. “A visão multinacional da Escola, com professores que têm formação fora do país - inclusive alguns deles eram americanos no início - acabou incentivando o próprio empreendedorismo, acho isso fantástico”, relata Eduardo.

Além disso, ele também cita diversos nomes que foram importantes em sua trajetória acadêmica e profissional. “Nós fizemos uma amizade muito grande com as turmas e com os professores. Um dos meus orientadores era o Raimar Richers, já falecido, que era o verdadeiro ‘papa do Marketing’ no Brasil. Ele criou a Revista de Administração de Empresas, foi chefe de departamento de pesquisa”, conta Eduardo. “Nós tínhamos, por exemplo, o Bresser Pereira, quando eu estava no último ano da escola, ele foi professor de um curso de estratégia. Eu estava em dúvida sobre fazer ou não mestrado fora e como seria. Ele me orientou demais”, relembra.

Uma vez FGVniano, sempre FGVniano

A família concorda que uma das melhores coisas que a FGV lhes proporcionou foram amizades para a vida toda. José Renato ressalta que houve muitas mudanças ao longo do tempo dentro da FGV, que foram fundamentais para ela continuar sendo uma Escola excepcional. “Acho que a FGV mudou bastante, da época da minha mãe e do meu avô para cá. Precisou se transformar, teve que se moldar ao que o mercado está pedindo. Fico feliz que a FGV não se manteve igual, que ela conseguiu se atualizar, porque se ela não conseguisse, eu não teria feito”, explica José Renato.

Apesar das mudanças necessárias, Flávia ressalta que uma coisa não mudou na FGV: a excelência. “O que não muda na FGV é a excelência. Hoje existem novos cursos, existe uma integração de temáticas muito grande, mas a excelência educacional continua no DNA muito forte da FGV. É muito legal ver desde o tempo do papai, no meu tempo, que já tínhamos professores fundamentalmente brasileiros, e hoje que volta a ser uma faculdade global”, comenta Flávia sobre as várias fases da FGV.


Legenda: Formatura de Eduardo, da 5ª turma de graduação em
Administração de Empresas da FGV EAESP, ocorrida na sede da FIESP, em 1963.
Na foto, ele recebe o diploma do Presidente da Federação à época.

 

 

 

 

 

 

 

 

Mulheres no mercado

Flávia também comenta os desafios de ser mulher em cargos de alta liderança, já que conquistou uma carreira de forma bastante pioneira no Brasil. “Acho que o mercado brasileiro, quando eu comparo com outros mercados, aceita cada vez mais a liderança feminina. Eu acho que estamos evoluindo. Mas para a mulher, o grande desafio é na hora que chega a maternidade, principalmente para cuidar dos pequenos. É a hora que a carreira da mulher sofre mais, isso não só na Administração, em qualquer carreira”, explica Flávia. Para ela, esse é o momento em que a mulher se divide mais entre a família e o trabalho. Porém, sua visão é positiva e enxerga diversas conquistas já alcançadas, “hoje em dia os casais e as famílias estão mais preparados e as empresas e carreiras estão mais preparadas para isso”, completa.

Além disso, Flávia compartilha sobre a convivência com Abílio Diniz, que foi professor da FGV e é fundador da empresa em que trabalha hoje. “O Abílio tinha uma paixão enorme pela FGV, pela formação dele. Ele falava com muito orgulho da Fundação. Quando eu fui trabalhar na Península, ele brincava: ‘FGVniana e São Paulina, então tá tudo bem!’”, relembra Flávia, rindo.

Flávia conta que Abílio Diniz tinha uma paixão muito grande pelo tema da educação, sempre com a visão de aprendizado contínuo. “Uma das grandes coisas é realmente essa vontade, essa gana de nunca parar de aprender. Eu acho que a FGV traz também essa curiosidade intelectual para a gente”, conclui.

Valores incorporados

A família também comenta sobre alguns valores semelhantes entre eles, que estão muito ligados à integridade, retidão e buscar fazer a coisa certa, mesmo que seja a coisa mais difícil. “Assumir de forma íntegra e correta os acertos e os erros que você faz na vida”, explica Flávia. Um segundo valor é o estudo, algo bastante forte na família FGVniana. “Meu pai tem 4 filhos e todos eles, no mínimo, têm um mestrado. O valor do estudo é uma continuidade muito importante para a gente”, ressalta Flávia.

Por último, destacam o valor da perseverança, sendo uma família de muita garra. “Todos nós, na carreira, vamos passar por momentos incríveis e por momentos dificílimos. É nos momentos mais duros que você vê de fato a garra e a perseverança da pessoa. Esses três valores são muito fortes na nossa família”, reforça Flávia.

Para a família Buarque de Almeida ficam as memórias, os conhecimentos e os amigos do tempo de FGV. Flávia dá um conselho para a comunidade, alunos e ex-alunos da FGV: aproveitem! “Aproveite ao máximo a vida acadêmica e tudo que a Escola oferece. As palestras, os eventos, as visitas, as festas. Porque é muito bom criar relações. Os melhores amigos da vida eu fiz na FGV. Cuidem das suas amizades, é isso que você leva para a vida!”, finaliza.

 

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