- Igualdade de Genero
Alumni celebra o Mês da Mulher com o Lançamento do Comitê "FGVnianas na Liderança"

No dia 5 de março, a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP) deu início ao Comitê Alumni FGVnianas na Liderança, em um evento realizado no Salão Nobre. A iniciativa visa fomentar a igualdade de gênero e debater temas cruciais para o avanço profissional das mulheres.
O foco inicial recaiu sobre o "Diálogo entre Maternidade e Carreira", especialmente considerando as implicações trazidas pelo trabalho da economista norte-americana Claudia Goldin, agraciada com o Prêmio Nobel de Economia de 2023, em relação à disparidade de gênero. Um ponto crucial abordado foi a maneira como a chegada do primeiro filho impacta negativamente os salários e as oportunidades de crescimento das mulheres em comparação com os homens.
Durante o evento, foram apresentados dados alarmantes, incluindo o tempo previsto para alcançar a Igualdade de Gênero globalmente. Segundo o Global Gender GAP Report 2023, serão necessários 131 anos, ou seja, neste ritmo só em 2155, atingiremos a igualdade de oportunidade e direitos entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
Embora os índices de saúde, sobrevivência e educação já estejam equilibrados entre os gêneros, a disparidade persiste em áreas como representação política, participação econômica e oportunidades profissionais. Essa representatividade é ainda menor quando consideramos o recorte de gênero e raça. Dados do estudo censitário “Representatividade, Diversidade e Percepção – Censo Multissetorial da Gestão Kairós (2022)” revelam que apenas 3% das mulheres em cargos de liderança são negras, evidenciando a interseccionalidade das desigualdades de gênero e raça.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% das pessoas vivendo em situação de pobreza no mundo são mulheres. Esse número também é refletido no diagnóstico de doenças mentais, com 70% dos casos de ansiedade e depressão afetando mulheres, conforme dados do Institute for Health Metrics and Evaluation (2019). No Brasil, um estudo de 2023 da THINK OLGA revelou que seis em cada dez mulheres sofrem de ansiedade.
Outra questão destacada foi a desigual divisão do trabalho não remunerado, com as mulheres dedicando 55% de seu tempo a essas tarefas, enquanto os homens contribuem apenas com 19%. Além disso, as mulheres continuam sendo as principais cuidadoras de crianças, idosos e doentes. Segundo estudo do Banco Mundial em 2024, foi ressaltado também que o PIB mundial poderia ser impulsionado em até 20 pontos percentuais com a inclusão das mulheres no mercado de trabalho.
Apesar dos desafios enfrentados, a pandemia da Covid-19 exacerbando muitos deles, o Comitê Alumni FGVnianas na Liderança propõe uma abordagem pragmática para impulsionar mudanças positivas na vida das mulheres, com impacto em toda a sociedade. Além de apresentar dados sobre violência e desigualdade, as palestrantes compartilharam suas experiências pessoais como mulheres e/ou mães no ambiente corporativo.
O Comitê convida FGVnianas e FGVnianos para integrarem este espaço promissor cujo objetivo é colaborar com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável #5 do Pacto Global para alcançarmos em conjunto a igualdade de gênero. Queremos contribuir para obter, até 2030, uma participação de 50% de todas as mulheres em todos os níveis de liderança nas organizações privadas e públicas.
Vamos contribuir com a reinvenção das relações humanas nas organizações promovendo a valorização de atributos do feminino a fim de extrair ao máximo os benefícios provenientes da diversidade humana e fundamentar os valores essenciais para a implementação do ESG.
FGVnianas e FGVnianos que desejam fazer a diferença, contribuindo com um futuro melhor para as novas gerações, juntem-se à nós integrando o comitê. Envie uma mensagem para alumni@fgv.br. Participou do evento? Confira as fotos clicando aqui.