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1º Seminário Alumni MPGC celebra Trabalhos Aplicados que geram impacto real na sociedade

Evento reuniu alunos e egressos do Mestrado Profissional em Gestão para Competitividade (MPGC) da FGV EAESP para compartilhar pesquisas que estão transformando carreiras, organizações e comunidades.
No sábado, 4 de outubro, o Salão Nobre da FGV EAESP recebeu o 1º Seminário Alumni MPGC – TAs de Impacto, um encontro inédito que celebrou o poder transformador da prática acadêmica no contexto profissional. Promovido pelo Alumni FGV EAESP, em parceria com a Coordenação do MPGC e seu Conselho Consultivo, o evento reuniu alunos, ex-alunos e docentes para um momento de troca, inspiração e reconhecimento do impacto gerado pelos Trabalhos Aplicados (TAs) desenvolvidos no programa.
O seminário destacou oito projetos de alunos e egressos que vêm produzindo efeitos concretos em diferentes setores — da psicologia positiva à tecnologia industrial, passando pela sustentabilidade, diversidade e inovação em varejo. A seguir, conheça as iniciativas apresentadas.
Patrícia Marinho – Psicologia Positiva e Sustentabilidade Humana
Egressa da linha de Gestão de Pessoas (MPGC 2023), Patrícia Marinho apresentou o trabalho “Um Estudo para a Implementação de um Observatório de Forças de Caráter no Nordeste Brasileiro: um Hub da Sustentabilidade Humana”. A pesquisa resultou na criação da InovaSer Hub, startup incubada no Porto Digital e voltada ao mapeamento e desenvolvimento de forças humanas em organizações públicas, privadas e do terceiro setor. Patrícia busca promover bem-estar, engajamento e inovação nas equipes, aliando ciência e prática em prol da saúde mental e da sustentabilidade humana. O projeto já foi apresentado em cinco congressos e se tornou referência em Psicologia Positiva Organizacional no Nordeste.
Victor Zanfelice – A cesta básica personalizada e o respeito à individualidade
Da linha de Varejo (MPGC 2025), Victor Zanfelice trouxe uma inovação que conecta nutrição, bem-estar e autonomia. Sua pesquisa “Influência da Personalização da Cesta Básica na Qualidade da Alimentação de Trabalhadores” revelou que escolhas personalizadas elevam a qualidade alimentar e reduzem o desperdício. O estudo deu origem à primeira cesta básica personalizada do Brasil, hoje adotada por empresas como a BR Mania, e rendeu ao autor um convite para se tornar sócio da empresa responsável pelo modelo. Ao colocar o colaborador no centro das decisões, o projeto propõe uma nova cultura de benefícios corporativos, mais inclusiva e alinhada à diversidade alimentar e cultural.
Bruna Prado de Bellis – Competências para a sustentabilidade industrial
Na linha de Sustentabilidade (MPGC 2025), Bruna Prado de Bellis investigou como a formação técnica pode apoiar a transição sustentável das indústrias. Em “Da escola à indústria: um estudo Delphi sobre as competências para sustentabilidade em carreiras técnicas”, ela reuniu 27 lideranças industriais para identificar as habilidades essenciais de jovens profissionais que atuarão na agenda verde do setor. O estudo alcançou 88% de consenso entre os especialistas e vem subsidiando melhorias curriculares em escolas técnicas no Brasil e em outros países. O trabalho também inspira estratégias de formação transgeracional, fomentando competências sustentáveis que moldarão a indústria nas próximas décadas.
Ramon Ferrari – Tecnologia e estratégia na era pós-Lei de Moore
Representando a linha de Tecnologia da Informação (MPGC 2025), Ramon Ferrari discutiu o futuro da capacidade computacional em “On the edge of computational capacity – A Delphi study on the future of Moore’s law”. A pesquisa examina o esgotamento da Lei de Moore e os desafios tecnológicos e estratégicos que surgem com o avanço dos semicondutores. Durante o mestrado, Ramon foi aprovado para atuar como coordenador de soluções digitais e analíticas em sua empresa, liderando equipes e projetos de inovação. Seu trabalho oferece insights práticos para decisões tecnológicas mais conscientes, equilibrando eficiência energética, governança da informação e ética digital — temas centrais na transformação tecnológica das organizações.
Gustavo Salomão – Indústria 4.0 e eficiência com Inteligência Artificial
Também da linha de Tecnologia da Informação (MPGC 2024), Gustavo Salomão apresentou o TA “Transformação Digital Industrial: BPM, Indústria 4.0 e Inteligência Artificial”. O estudo mostra como a integração entre gestão de processos, automação e IA pode tornar as fábricas mais eficientes e sustentáveis. O modelo foi aplicado em uma indústria brasileira e replicado em outros contextos, gerando resultados como redução de desperdício, uso racional de recursos e menor impacto ambiental. A pesquisa impulsionou novas parcerias, palestras e até a criação de uma startup para difundir a solução, consolidando o papel da FGV como laboratório vivo de inovação industrial.
Louis Phillip da Silva – Sustentabilidade na logística de transportes
Egresso da linha de Supply Chain (MPGC 2021), Louis Phillip da Silva abordou a descarbonização do transporte de medicamentos veterinários em “Gestão Sustentável em Logística de Transportes”. Seu estudo, desenvolvido enquanto atuava na Zoetis, gerou avanços reconhecidos — como o Selo Ouro do GHG Protocol — e abriu caminho para sua atual posição como gerente sênior de Procurement LATAM na Dow Química. Com iniciativas de transporte verde, uso de veículos elétricos e integração modal, o trabalho vem reduzindo emissões, criando empregos verdes e promovendo cooperação internacional por uma logística mais sustentável na América Latina.
Carolina Siniscalchi – Diversidade e desempenho financeiro
Na linha de Finanças e Controladoria (MPGC 2024), Carolina Siniscalchi investigou “A relação de performance e a adoção de políticas de inclusão LGBTQIA+ nas empresas brasileiras”. O estudo, baseado em dados do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE-B3) e modelos econométricos de alta complexidade, revelou uma correlação positiva entre inclusão e desempenho financeiro. A pesquisa inspirou empresas a fortalecer políticas de diversidade e tornou Carolina uma referência em liderança inclusiva. Além de difundir o debate no meio acadêmico e empresarial, o trabalho contribui para a formação de uma cultura corporativa mais ética, plural e inovadora.
Angelo dos Santos – Inteligência Artificial e a jornada do cliente
Fechando as apresentações, Angelo dos Santos (MPGC 2025 – Linha TI) apresentou o estudo “Uso de inteligência artificial no varejo omnichannel e melhoria da jornada do cliente”. A pesquisa analisou três empresas brasileiras e mostrou como a IA pode integrar canais, otimizar operações e aprimorar a experiência do consumidor. Os resultados oferecem recomendações práticas para gestores que desejam iniciar ou amadurecer sua jornada de IA, destacando também os desafios éticos e de mercado desse processo. A atuação de Angelo no setor vem se expandindo com palestras, aulas e participação em fóruns executivos, consolidando sua contribuição para um varejo mais inovador e centrado no cliente.

Uma comunidade que transforma
O 1º Seminário Alumni MPGC mostrou que a pesquisa aplicada vai muito além do ambiente acadêmico — ela move carreiras, inspira inovações e gera benefícios tangíveis à sociedade. Os oito trabalhos apresentados refletem o impacto de uma comunidade que já mais de 800 egressos e continua fortalecendo o compromisso da FGV EAESP com o desenvolvimento sustentável, humano e competitivo do Brasil.
























