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Educação Transforma| Acompanhe a trajetória do ex-aluno Pedro Berto, cofundador do Favela sem Corona

11.01.2024

Todos os meses o Soma FGV trará aqui no “Educação Transforma” uma entrevista exclusiva com um ex-aluno bolsista, compartilhando sua experiência dentro e fora da FGV EAESP. Este mês apresentamos Pedro Berto (CGAP 2020 e MPGPP 2023), cofundador do Favela sem Corona e Favela Summit. Logo após nossa entrevista exclusiva, ele fundou da Angra VC, onde está atualmente e também faz algumas consultorias na Volpe.

O FGVniano é nascido e criado no Rio de Janeiro, ex-morador da favela Vila Autódromo e ex-aluno da UERJ. Ele nos conta como foi sua trajetória antes, durante e depois da FGV EAESP, em suas palavras “a melhor faculdade de administração do Brasil”. Foi intercambista na China e na Colômbia e considera a maturidade e o autoconhecimento essenciais para ter uma trajetória de sucesso enquanto bolsista, aproveitando de forma estratégica as oportunidades.

Atualmente mora na Europa e descobriu dentro da sua caminhada na FGV, diferentes meios para impactar positivamente a vida das pessoas ao seu redor. É um rapaz sorridente e bem-humorado. Algumas vezes usa a expressão “no final do dia”, fazendo referência ao que ele ganhou com aquela experiência, a colheita de suas ações. Pedro está ainda no começo de sua caminhada, mas já podemos ver que ela é brilhante.

A antiga Comunidade FGV é agora Soma FGV e apoia talentos como o Pedro Berto. As doações para custeamento de bolsas de estudos podem ser realizadas aqui.
 
Confira a seguir a entrevista com esse FGVniano que tem como objetivo de vida “quebrar ciclos de pobreza”.

Soma FGV: Pedro, você é ex-aluno do curso de Administração Pública na FGV EAESP, como foi estar na FGV?

Pedro Berto: Na FGV, acho que eu tive oportunidades incríveis e elas vêm se estendendo até hoje, graças a Deus. No primeiro semestre eu fiz um trabalho voluntário numa comunidade quilombola no interior de Goiás, no município chamado Cavalcante.

Foi em uma iniciativa de uma das alunas que estudava comigo na FGV, a Carla Marinho. Ela fez um projeto super legal chamado “De bike pra escola“, após ter visto numa reportagem na Globo sobre as crianças quilombolas que andavam até 12 km por dia para poder chegar nas escolas, ida e volta o trajeto. Então ela resolveu arrecadar bicicletas para levar para o interior de Goiás e fazer essas doações e eu pude acompanhar o projeto inteiro, mas a distância. E nas entregas da bicicleta eu tive o prazer de participar. Passei uma semana na comunidade quilombola, foi incrível, aprendi bastante coisa. 

Soma FGV: Pedro, nos conte um pouco da sua origem, como era a sua vida antes? De onde você veio e como veio para a FGV?

Pedro Berto: Eu sou do Rio de Janeiro, originalmente nasci e cresci na favela Vila Autódromo. Entre 2013 e 2014, essa favela sofreu um processo de remoção por parte da Prefeitura do Rio de Janeiro. O então prefeito queria remover a comunidade para poder construir as instalações dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. E eu e a minha família lutamos para permanecer dentro da comunidade, no nosso espaço, que não era só a nossa casa, mas também o local onde tinha as nossas tradições. [...]

Infelizmente, no início de 2016, por volta de março, fomos removidos e eu tive uma mudança de paradigma na minha vida. Decidi que não quero que esse tipo de coisa aconteça novamente comigo ou minha família.

Então busquei algo melhor para a minha vida. Eu fazia a UERJ, cursava Ciências Contábeis e decidi que iria estudar na melhor faculdade do Brasil no que tange administração pública como um todo. Comecei a pesquisar a FGV, especificamente a FGV de São Paulo, que era destaque. Comecei a estudar e uma das jornalistas que acompanhou nosso caso pagou meu cursinho pré-vestibular. Estudei nesse cursinho durante aproximadamente 4 meses e consegui fazer a prova da Fundação Getulio Vargas, sendo aprovado e conquistando a bolsa 100% por conta da minha situação econômica. 

Soma FGV: E como foi esse processo após a sua aprovação?

Pedro Berto: Comecei a de fato estudar na FGV e antes de estudar na FGV eu jamais imaginei que alguém pagasse caro para estudar e foi um choque cultural. Para mim não era normal no Brasil pagar por uma faculdade, até porque no Rio de Janeiro a cultura da faculdade pública é muito forte, mais do que em São Paulo, creio. Então a maioria das pessoas vão para a UERJ ou para a UFRJ. (Acredito que) um percentual menor vai para a PUC e a FGV.

Eu entrei na faculdade e um mundo e portas se abriram para mim ali. Enquanto um aluno que queria fazer um PIBIC (Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica da UERJ), tinha que fazer das “tripas coração” para conseguir uma bolsa, na Fundação Getulio Vargas o acesso era de fato mais facilitado. A gente conseguia ver que existia ali uma meritocracia e que nos outros lugares a meritocracia não funcionava tanto.

(Fora da FGV) você precisa aplicar e o professor tem que gostar de você... São tantas condições que acaba que no final não depende só de você. E na FGV eu sentia que dependia só de mim. Bastava querer, ter um projeto legal que aquilo ia para frente e aí eu comecei a me engajar em várias coisas. 

Soma FGV: Você foi intercambista. Como foi a sua vivência fora do Brasil? 

Pedro Berto: Dentro da Fundação Getulio Vargas, no primeiro semestre, eu fiz o trabalho voluntário na comunidade quilombola. No segundo semestre eu tinha aplicado para a AIESEC para poder fazer um trabalho voluntário na Colômbia em Cúcuta, que é uma cidade que fica na divisa com a Venezuela. Eu passei e eram 6 semanas, entre os meses de julho e agosto.

Eu ia voltar na segunda metade de agosto e em paralelo com isso, apareceu a oportunidade de aplicar para um Summer Program que o Ministério do Comércio e Indústria da China promoveu. Era uma oportunidade para passar um mês na China com tudo pago no mês de junho e eu passei também. Esse foi um dos semestres mais loucos que eu tive em sentido de viajar e etc. Para mim parece que o semestre terminou mais cedo, no mês de maio.

Em junho eu passei na China, voltei para o Brasil e só deu tempo de arrumar minhas coisas, falar com a minha mãe e aí eu fui para a Colômbia e passei mais 6 semanas lá. Foi uma experiência incrível! 

Soma FGV: Primeiro você conheceu o campus na China e depois você ficou seis meses, foi isso?

Pedro Berto: Sim. A experiência na China foi um divisor de águas, tanto que eu visitei uma universidade lá e me apaixonei pelo campus, pela estrutura e pela faculdade em si. E aí eu falei “eu quero voltar para cá” e quando eu voltei para o Brasil, comecei a fazer o curso de mandarim. Comecei a pesquisar mais oportunidades que a FGV tinha e a escola tinha convênio com aquela universidade.

Em 2018 fui aprovado e em 2019 fui estudar na China durante 6 meses nessa universidade, a Tsinghua University. E aí com o mandarim inicial, além do básico, eu fui. Eu tinha feito o exame de proficiência, tanto no inglês, quanto no espanhol e no mandarim.

Na Fundação Getulio Vargas eu cheguei falando pouco inglês e saí dali com os exames de proficiência do Toffel, o DELE que o de língua espanhola e também o HSK do mandarim do Instituto Confúcio. Mandarim foi o nível mais básico e os outros a proficiência era maior já. 

Soma FGV: Qual era a modalidade da sua bolsa e como foram as suas vivências nesse sentido? 

Pedro Berto: Eu tive bolsa integral, não era restituível. Acho que vale super a pena o fato de eu ter entrado na faculdade já um pouco mais velho. No meu primeiro período eu estava com 25 para 26 anos. Hoje estou com 32 anos, então eu tinha uma cabeça um pouco mais focada e centrada e isso é muito bom. [...] Óbvio que eu também tive um período onde eu tinha que tomar decisões, mas dada a minha experiência de vida como um todo, eu sabia o caminho que poderia me proporcionar as melhores oportunidades.

Eu sempre conversei muito com os bolsistas e era uma convivência boa, sadia. Acho que a maioria dos bolsistas é sempre muito comprometida ali, para manter não só a média acima de 7, mas também para poder aproveitar as melhores oportunidades. Cheguei a morar com um bolsista, o Victor Ferrer e morei a maior parte da faculdade com ele que era de Minas Gerais. Nós nos conhecemos no primeiro dia de faculdade e resolvemos morar juntos.

E os outros bolsistas era super gente boa, também diligentes, uma galera muito centrada, focada. E de fato hoje eu converso muito com eles e acho que a minha experiência foi relativamente boa com os outros colegas bolsistas e na condição de bolsista também. Em relação à FGV, o tratamento e tudo mais, eu vi que era algo bem inclusivo. As nossas preocupações eram bem atendidas e bem endereçadas. 

Soma FGV: Você chegou a trabalhar o período que você estava na FGV? Se sim, como foi? Ou você contou com algum auxílio de faculdade?

Pedro Berto: Depois que eu voltei da China fui trabalhar, estrategicamente depois de fazer o sexto período, quando termina o tempo dos períodos integrais da escola. Fiz o intercâmbio, voltei e já podia estagiar, então, quando eu voltei fui para a China. Chegando lá em agosto voltei ao Brasil no final do ano e pouco depois, em janeiro, já estava empregado. Em dezembro já comecei a aplicar para algumas vagas e então vi um fundo de investimento que investe em tecnologia e achei interessante. Eu tinha acabado de fazer meu período na China, e lá a tecnologia impera.

Gostei de poder trabalhar dentro do setor de tecnologia, mais especificamente investindo em tecnologia, que era uma das partes que melhor remunera no setor quando não se é um programador. Então eu apliquei para um fundo chamado Red Point Adventures. Esse fundo de investimento anunciou vaga no grupo da GV. Apliquei e mandei meu currículo, fui para a entrevista sem saber muito bem na época o que era Venture Capital. Fiz a primeira entrevista, que era em grupo. Passei para a segunda e na terceira já me contrataram e comecei em janeiro, logo na primeira semana do ano de 2020 e foi incrível. 

Soma FGV: E em seguida veio a pandemia e o Favela sem Corona?

Pedro Berto: Exato, exato. Em março, no meu aniversário, acho que foi meu último dia que eu fui trabalhar presencial na Red Point. Veio a pandemia e eu fiquei no remoto, mas uma coisa boa é que na pandemia eu fiquei pensando muito nas pessoas que moravam comigo e conviviam comigo na comunidade. Como elas estavam com a questão da pandemia? E então eu criei uma iniciativa chamada “Favela sem Corona”.

Basicamente mobilizei aquelas pessoas que estavam ali no meu ciclo social, seja FGV, seja fundo de investimento, de outras startups... Para a gente poder diminuir o impacto da Covid dentro das comunidades. Me juntei com algumas startups, uma delas foi a Hilab, que fazia testagem e a gente fez testes para Covid em mais de 400 pessoas na comunidade da Rocinha.

Foi muito legal, a gente teve apoio de um fundo chamado SoftBank, que é um fundo internacional. E para mim, aquilo foi incrível, né? Poder ajudar de alguma forma e foi amplamente divulgado, televisionado e etc. Foi uma iniciativa muito legal! 

Soma FGV: Como a FGV influenciou nesse projeto do “Favela sem Corona”?

Pedro Berto: De fato a FGV me ajudou muito nisso, tá? Porque quando eu vi as iniciativas e eu via muitas iniciativas de arrecadação de comida, “como que eu posso ajudar mais ainda?”. A testagem é um desafio muito maior, porque adiciona muito mais complexidade. [...] A gente tinha um dashboard com o índice de contaminação do Covid por distrito dentro da Rocinha que tem mais de 100 mil habitantes e geramos todos esses dados. Foi um trabalho mega profissional, obviamente correspondente ao de um aluno da FGV de Administração Pública. [...] Foi um trabalho que eu utilizei todas as ferramentas que eu aprendi dentro da graduação.

[...]A Favela sem Corona não era uma política pública, mas era um programa com várias ações direcionadas para o diagnóstico e monitoramento, mais especificamente para a testagem. Então a gente conseguiu de fato se juntar com um time muito bom para fazer um trabalho mega profissional e isso, por incrível que pareça, me aproximou muito também do mercado de investimentos de Venture Capital.

Fui ganhando reconhecimento, [...] a minha própria autonomia, sabe? Então as pessoas hoje não em veem como o Pedro da Red Point. É o Pedro que tem as iniciativas dele. [...] O Favela sem Corona evoluiu para um evento que a gente faz anualmente chamado Favela Summit, que [...] conecta os jovens das comunidades com mais oportunidades. 

Soma FGV: Como foi a experiência do Favela Summit? 

Pedro Berto: O evento de 2022 foi no auditório da FGV, no Rio de Janeiro, com a ajuda da FGV. Então eu me conectei com os professores de lá e isso foi muito legal também [...]. O Favela Summit tem como objetivo, obviamente, não só aliviar a pobreza, mas mais que isso: nosso objetivo é quebrar ciclos e pobreza. É você conseguir levar educação, capacitação e empregabilidade para essas pessoas a ponto de que possa acontecer qualquer coisa na vida dessa pessoa; pode acontecer pandemia, mas essas pessoas vão conseguir de fato levar comida para a mesa.

Conseguir sustentar seus filhos, inclusive seus pais. Então o objetivo do Favela Summit é justamente esse: quebrar ciclos de pobreza e de fato a gente tem feito isso. E a ideia é cada vez mais escalar e até por isso também que eu tenho buscado algo mais próprio, mais “meu”, ainda em um futuro próximo.

Porque eu posso ter mais tempo também e me dividir tanto na minha vida profissional, do lado de investimento, mas também da minha vida profissional – que não deixa de ser profissional – do lado de estar dentro ou trocar iniciativas que sejam vinculadas à parte social.

Soma FGV: A Favela sem Corona e o Favela Summit são trabalhos que você leva em paralelo?

Pedro Berto: Sim, trabalhos em paralelo. Depois da Red Point, do meu período de um ano lá, eu comecei a ser abordado por alguns fundos, um deles era a Volpi Capital. A Volpi me chamou para trabalhar e eu fui com eles e fiquei também um pouquinho mais de um ano lá. Tive a oportunidade de investir em várias empresas de tecnologia, seja agro, seja plataforma, que a gente chama de SaaS (Software as a Service), seja fintech ou healthtech.

Foi muito interessante para mim! Só que chegou um momento em que eu investia muito nas empresas, mas de fato não tinha uma noção de como era a vida de empreendedor, o “outro lado da mesa”. E aí para eu poder ser um melhor investidor, eu decidi que eu queria passar um pouquinho de tempo do outro lado da mesa para entender mais e uma das empresas que a gente investiu era a SaltPay que fica aqui na Europa e era uma das maiores investidoras e eu falei comeu chefe que falou com o Board Member da SaltPay e aí eu entrei como intraempreendedor dentro dessa fintech e me mudei do Brasil e vim para a Europa. 

Soma FGV: E como foi essa jornada saindo do Brasil e indo para a Europa e como você se vê daqui para frente?

Pedro Berto: Trabalhei mais ou menos um ano na SaltPay e foi um tempo muito interessante. Uma coisa é você investir numa empresa, outra é você estar dentro dessa empresa. Então você tem uma percepção diferente e isso melhorou muito meu view, não só meu olhar como investidor, porque muita coisa passou despercebida e depois que você percebe... “Puts, isso daqui eu não estava sabendo” (risos).

Trabalhei lá durante um ano e fui convidado para trabalhar em outro fundo de investimento, que é o que estou hoje que é o da EDP. É uma empresa portuguesa que tem um venture, a gente chama de Corporate Venture Capital, que basicamente é um fundo de investimento da corporação para poder acelerar o processo de inovação dentro de empresas grandes.

A EDP está presente em mais de 30 países, inclusive no Brasil. Existem alguns países que ela tem operação de distribuição, geração de energia e aí no caso de Portugal, Espanha, Brasil e Estados Unidos, eles têm operação e atualmente eu sou um investment associat na EDP Ventures, mas eu já estou pensando em empreender, estou pensando em montar meu próprio fundo mais pra frente.

Estou tentando aprender o máximo possível para poder fazer meus próximos passos. Passos que sejam mais autônomos e quando eu digo autônomo, é mais eu construir alguma coisa relacionada a Business, né? Porque eu já construí outras coisas mais relacionadas ao lado social, que é algo que eu tenho muito carinho e prazer. Mas a ideia é que mais para frente eu construa um Business meu e para isso eu tenho que aprender mais um pouquinho. 

Soma FGV: Você falou que entrou em CGAP justamente para tentar evitar que outras pessoas sofressem violações como as que você e sua família viveram. Nesse sentido, você ainda tem algum plano com relação a políticas públicas? 

Pedro Berto: Quando eu entrei na GV... Era curioso pois eu entrei na GV com uma percepção de que a gente só conseguiria fazer alguma mudança efetiva se de fato a gente ocupasse esses espaços de poder. De poder, quando eu digo, é política. Então o meu objetivo era se prefeito do Rio de Janeiro e inclusive, a gente saiu na Folha de São Paulo, eu e mais umas pessoas da FGV e o título da matéria era “Quero ser Prefeito”.

Hoje eu me enxergo como uma pessoa que tem potencial de atingir muita gente, mas não necessariamente eu preciso estar em algum governo. Então, por exemplo, eu ter conseguido testar mais de 400 pessoas dentro de uma comunidade como a Rocinha e fazer um trabalho bem feito, é algo que me deu muito prazer. Eu pensei: “se não tivesse a pandemia, talvez eu não teria feito algo assim. Então vamos dar sequência nesse trabalho”.

Soma FGV: Pedro, para finalizar a nossa entrevista, gostaria de saber se você recomenda para outros estudantes a experiência na FGV?

Pedro Berto: Ah, com certeza! Acho que é muito interessante. Eu larguei uma universidade estadual, mas acho que o networking, o acesso que você tem dentro da GV, não tem preço. Aliás... tem.  É a mensalidade (risos).  Mas é algo que você não consegue, por exemplo, numa federal ou uma estadual com tanta facilidade numa UERJ.

Você tem a oportunidade de ir para a China. Se eu estivesse na UERJ, eu não teria essa oportunidade e eu gostei da universidade e ela já era conveniada com a GV, então eu apliquei para o intercâmbio. Acho que tem várias coisas dentro da GV que tornam ela a melhor faculdade para estudar no Brasil.

Hoje em dia eu faço mestrado na GV, estou concluindo e eu apliquei para o intercâmbio também e atualmente estou fazendo intercâmbio da GV na London Business School, que é a melhor faculdade de Business da Europa. Então para mim é interessante também porque do ponto de vista de eu ser estrangeiro, brasileiro, e no olhar de alguns até uma pessoa negra, na hora que eu chego com essa chancela – não só da FGV, mas da FGV com a London Business School e da Tsinghua University que eu estudei na China... Muda completamente a visão das pessoas, entende? E isso conta muito, conta muito mesmo! 
 

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