Testosterona e Atitude Diante do Risco sob uma Perspectiva Biopsicossocial
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Este estudo investiga a influência de fatores psicossociais na relação entre os indicadores de testosterona organizacional e a atitude diante do risco nos domínios financeiro, social, recreativo, de saúde e ético. A investigação uniu abordagens evolucionistas à área da neuroendocrinologia comportamental. A coleta de dados foi efetuada com 441 homens, por meio de questionário composto por 56 itens do tipo Likert e 4 questões demográficas; medida do segundo e do quarto dedo da mão direita (para cálculo do 2D:4D) e fotos faciais frontais (para cálculo do fWHR). O 2D:4D corresponde à razão entre o segundo e o quarto dedo da mão e o fWHR indica a razão entre a largura e a altura facial e são, respectivamente, indicadores de testosterona organizacional durante a fase pré-natal e a puberal. Conclui-se que quanto maior o teor de testosterona recebido na fase pré-natal, maior a propensão ao risco ético, social e de saúde e quanto maior a exposição à testosterona na fase puberal, maior a propensão aos riscos recreativo, de saúde e social. Em relação aos fatores psicossociais, observou-se que eles funcionam como moderadores da relação existente entre os indicadores de testosterona organizacional e atitude diante do risco em todos os domínios