O Sistema Hospitalar Brasileiro E Os Hospitais De Pequeno Porte
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A presente tese teve por objetivo entender como está constituído o parque hospitalar brasileiro. A proposta é conhecer: o porte dos hospitais, a natureza jurídica deles, sua distribuição nacional e de leitos, além da produção hospitalar (indicadores de média de permanência, taxa de ocupação, índice de giro de leitos, índice de intervalo de substituição, porcentagem de internações por condições sensíveis à atenção básica e taxa de mortalidade). O estudo analisa a Política Nacional para os Hospitais de Pequeno Porte e suas implicações no setor.
Os resultados mostram que 83,5% dos hospitais brasileiros receberam financiamento federal, sendo a maior parte deles municipais, seguidos pelos filantrópicos, privados, estaduais e federais. Os hospitais com a maior proporção de internações foram os filantrópicos, seguidos pelos estaduais, municipais, privados e federais.
As unidades de Saúde de pequeno porte correspondem a 55,6% dos hospitais, mas realizaram somente 17,6% das internações. Aquelas que são de médio porte participam com 32,3% dos hospitais e 38,8% das internações. Já as de grande porte correspondem a 12,1% dos hospitais e 43,6% das internações.
Os indicadores analisados evidenciam média de permanência de cinco dias, taxa média de ocupação de 40%, índice de giro de leitos de 38 pacientes/leito/ano (três pacientes/leito/mês). O tempo médio para a ocupação do leito após a alta de um paciente foi de 135 dias (quatro meses e meio) e 10% das internações ocorreram por condições sensíveis à atenção básica.
Os indicadores analisados evidenciam que quanto maior o porte hospitalar, melhores são os indicadores de desempenho e eficiência assistencial. Os dados podem subsidiar políticas para área da Saúde com o objetivo de tornar o sistema hospitalar brasileiro mais eficiente e eficaz, correspondendo aos anseios da população.