Serviços Ecossistêmicos relacionados aos negócios: Casos das empresas membro da iniciativa Tendências em Serviços Ecossistêmicos - Ciclo 2017

Janeiro, 2018

A iniciativa empresarial Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE) foi lançada em 2013 pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (GVces/EAESP-FGV), com a missão de apoiar o setor empresarial brasileiro na incorporação do capital natural na tomada de decisão de negócios. Desde então, a TeSE desenvolve, por meio de um processo de construção conjunta com suas empresas membro, ferramentas destinadas à quantificação, à valoração econômica e não econômica, e ao relato de dependências, impactos e externalidades no que se refere a serviços ecossistêmicos.

De 2014 a 2016, foram publicados 28 casos empresariais de aplicação das Diretrizes Empresariais para a Valoração Econômica de Serviços Ecossistêmicos (DEVESE 2.0) e sua respectiva ferramenta de cálculo; e dois pilotos de gestão empresarial de serviços ecossistêmicos. Em 2017, nove novos casos empresariais de valoração econômica de serviços ecossistêmicos foram desenvolvidos e são descritos nesta publicação. Este ciclo também contou com o desenvolvimento do primeiro projeto-piloto de valoração não econômica de serviços ecossistêmicos culturais, tendo como base as Diretrizes Empresariais para valoração não econômica de Serviços Ecossistêmicos Culturais (DESEC 1.0).

Estes casos contribuem para a criação de um conjunto de referências de aplicação da valoração de serviços ecossistêmicos no âmbito empresarial e para o diagnóstico de oportunidades de melhoria das DEVESE e sua ferramenta de cálculo, ambos são compromissos da TeSE. Motivado pelos desafios e aprendizados dos casos desenvolvidos pelas empresas participantes da iniciativa, em 2017, foram produzidas duas Notas Técnicas, abordando a aplicação das DEVESE e sua ferramenta de cálculo para o serviço ecossistêmico de regulação do clima global e a aplicação das DEVESE e DESEC para hidrelétricas.

O relato dos resultados dos casos empresariais é feito, desde 2015, por meio do “formulário para relato de dependências, impactos e externalidades ambientais”, inspirado nas Diretrizes Empresariais para Relato de Externalidades Ambientais (DEREA) e aprimorado para estar em consonância com o Natural Capital Protocol – framework, desenhado para auxiliar o setor empresarial a mensurar e avaliar suas dependências e impactos sobre o capital natural. Este formulário serve como orientador para que as organizações elaborem um relato claro e objetivo de suas estimativas de valor econômico de dependências, impactos e externalidades ambientais. O conteúdo do formulário é autodeclarado pelas empresas, sendo que cada caso traz a indicação do responsável pelas informações relatadas.

Esta publicação não traz detalhamento de dados e cálculos utilizados, dada a complexidade e o caráter estratégico de algumas das informações utilizadas pelas empresas, mas cumpre com seu objetivo de disseminação do tema, exemplificando alguns dos riscos e oportunidades derivados de serviços ecossistêmicos relacionados aos negócios. Detalhes sobre os tipos de dados e procedimentos metodológicos necessários a essas análises podem ser obtidos diretamente das DEVESE e na sua ferramenta de cálculo.

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