Pressupostos e proposta de modelo para a remuneração do trabalho do médico cirurgião nas operadoras de planos de saúde
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O objetivo deste trabalho é elencar, dentre os diversos modelos de pagamento, os pressupostos básicos para a remuneração do médico-cirurgião. O estudo leva em consideração os recursos empregados no tratamento e o risco inerente de cada paciente tratado. A pesquisa tenta traduzir tais pontos em uma fórmula de cálculo padrão e comparar o valor gerado a partir da fórmula com os valores atuais de remuneração.
A fórmula encontrada leva em consideração não somente a idade do paciente a ser tratado, mas também os riscos inerentes ao tratamento deste paciente. Tem como base de remuneração a doença a ser tratada, e não os procedimentos que serão necessários, ou indicados pelos médicos para tratamento desses pacientes. Dessa forma, a valorização do trabalho médico cresce com o aumento do risco de tratar o paciente. Esse risco pode ser inerente: à própria idade do paciente; ao procedimento anestésico; e às condições cardíacas do enfermo. Há, portanto, uma melhor proporcionalidade entre a remuneração hospitalar dos pacientes com mais gravidade. Eles demandam mais recursos, que são utilizados ou colocados à disposição. Neste caso, a remuneração dos profissionais que estariam tratando tais pacientes também é crescente.
O modelo de remuneração deve fomentar a eficiência do tratamento instituído e a equidade do pagamento, além de ser de fácil implantação e compreensão pelos players do setor. É fundamental que o modelo tenha neutralidade financeira. A importância disso está em manter a qualidade e a acessibilidade aos serviços, a fim de que os médicos sejam incentivados a promover um tratamento eficiente aos beneficiários. Deve ser baseado no tratamento de doenças em si e não na realização de procedimentos, bem como estar atrelado a índices de desempenho e ao risco assumido pelo profissional. Enfim, o trabalho médico deve ser remunerado de forma diretamente proporcional à quantidade de horas trabalhadas, por profissionais que possuam equivalente nível de graduação e qualificação, e ao risco inerente a cada paciente tratado.