Pacientes de alta que permanecem dentro do hospital: quem são e por que permanecem?
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O estudo identifica os motivos pelos quais pacientes de alta hospitalar permanecem internados dentro de um hospital público de longa permanência situado na Grande São Paulo, na região do Alto Tietê.
A pesquisa acontece por meio da metodologia exploratória descritiva transversal. São identificadas 1.211 internações entre janeiro de 2011 e dezembro de 2014, sendo a média de idade 53,9 anos, com predomínio do sexo masculino (62,7%). Das 822 internações analisadas, ocorre “atrasos” na saída em 466 casos (56,7%). A média de atraso é de 19,1 dias (variação de 1 a 606 dias), gerando um total de 8.895 pacientes-dia que podem ser evitados. Os principais motivos de atraso observados são: transporte familiar (39,7%), aguardo de ambulância (14,8%), suporte da rede (12,7%), resistência familiar para saída (12,4%) e adequação de casa/equipamentos (9,4%).
O estudo propõe ações que podem diminuir o período de internação hospitalar, uma vez que envolve combinações de diversos fatores em diferentes áreas. Entretanto, as medidas que devem ser tomadas fundamentam-se num adequado entendimento do sistema de saúde local, do contexto cultural e da legislação vigente.