Canalização de recursos financeiros para a sustentabilidade
Nos últimos anos, a equipe de Finanças Sustentáveis do FGVces vem realizando uma série de estudos com o objetivo de avaliar quais os desafios e as oportunidades para o aumento de recursos financeiros públicos, privados e internacionais para uma economia verde e de baixo carbono.
Atração de recursos financeiros privados
Entre 2014 e 2017, o FGVces realizou 11 estudos em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), analisando caminhos para alavancar a transição do Brasil para uma economia verde por meio de recursos intermediados pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Entre 2017 e 2018, o FGVces foi parceiro estratégico do WWF, apoiando a implementação da Colaboração para Florestas e Agricultura (CFA) no Brasil, iniciativa que busca erradicar o desmatamento nas cadeias de suprimentos de soja e carne bovina nas regiões da Amazônia e Cerrado no Brasil. Dentre outras atividades, o FGVces produziu o White Paper “Investimento Responsável e o Combate ao Desmatamento nas Cadeias de Pecuária, Soja, Papel e Celulose no Brasil”, analisando os riscos ligados a desmatamento a que estão expostas as empresas que operam no Brasil e produzem ou adquirem soja, carne bovina, papel e celulose, bem como os potenciais riscos a que estão expostos os investidores institucionais que investem em empresas dessas cadeias.
Em 2019, o FGVces participou do projeto de pesquisa "Flow of Capital for Climate Action” (FlowCCA) em parceria com o Grantham Institute, Centre for Climate Finance and Investment (Imperial College London) e FGVagro, de forma a identificar as barreiras existentes para o aumento de fluxos financeiros privados para investimentos em setores de baixo carbono no Brasil. O projeto gerou um relatório executivo e um artigo acadêmico, publicado na revista Journal of Sustainable Finance & Investment.
Em 2020, o FGVces desenvolveu estudo em parceria com o projeto FiBraS, da GIZ, para analisar quais as possíveis implicações da pandemia da covid-19 para a análise ambiental, social e de governança (ASG) de bancos e investidores.
Atualmente, o FGVces está trabalhando em um projeto de pesquisa em parceria com o Adam Smith Institute e a FGV Energia para analisar fontes de financiamento para projetos de energia solar fotovoltaica em geração distribuída a comunidades de baixa renda.
Em parceria com o WWF, a equipe também iniciou estudo para identificação da infraestrutura necessária para o desenvolvimento da bioeconomia na região amazônica, bem como mapeamento de desafios que devem ser superados para viabilizar o financiamento dessa infraestrutura.
Mensuração de recursos financeiros públicos e internacionais
O FGVces também participa de projetos de pesquisa que buscam mensurar o volume de recursos públicos alocados em setores de baixo carbono no Brasil, com destaque para o Observatório do Plano ABC. Em parceria com o FGVagro, o FGVces desenvolve publicações anuais de monitoramento do Programa ABC, principal linha de crédito para o financiamento da agricultura de baixa emissão de carbono no Brasil.
Outro projeto com foco em recursos públicos foi desenvolvido em parceria com o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) e apoio da Oak Foundation e do Instituto Clima e Sociedade (iCS), analisando o volume de recursos financeiros públicos destinados à mobilidade urbana.
Publicações e Relatórios
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Bioeconomia e Infraestrutura na Amazônia: análise do estado da arte e estudo de casos sobre infraestrutura no Brasil O estudo teve como principais objetivos identificar que tipo de infraestrutura é necessária para o fomento de cadeias produtivas sustentáveis na região amazônica e mapear quais os desafios devem ser superados para o financiamento dessa infraestrutura por parte do setor financeiro privado. |
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Potenciais implicações da pandemia da covid-19 para a análise ASG O estudo analisa quais as possíveis implicações da pandemia da covid-19 para a análise ambiental, social e de governança (ASG) de bancos e investidores. |
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Gastos Públicos em Mobilidade Urbana no Brasil Este estudo buscou levantar e analisar o volume de recursos financeiros públicos destinados à mobilidade urbana. |
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Análise dos Recursos do Programa ABC Safras 2017/18 e 2018/19 Este relatório apresenta dados referentes aos anos-safra 2017/18 e 2018/19 do Programa ABC, principal linha de crédito para o financiamento da agricultura de baixa emissão de carbono no Brasil. |
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Barreiras para o aumento de fluxos financeiros para investimentos em setores de baixo carbono no Brasil O estudo buscou identificar as barreiras existentes para o aumento de fluxos financeiros privados para investimentos em setores de baixo carbono no Brasil. Os resultados da pesquisa buscam contribuir para uma discussão de política pública, bem como para alimentar uma modelagem sendo feita no Imperial College sobre os investimentos necessários em setores e tecnologias de baixo carbono em países em desenvolvimento para alcançar o cenário de 2ºC. |
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Structural and specific barriers to the development of a green bond market in Brazil O artigo investiga os fatores que dificultam o desenvolvimento de um mercado de green bonds no Brasil. |
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Investimento Responsável e o Combate ao Desmatamento nas Cadeias de Pecuária, Soja, Papel e Celulose no Brasil O estudo analisou de forma sistemática os riscos ligados a desmatamento a que estão expostas as empresas que operam no Brasil e produzem ou adquirem soja, carne bovina, papel e celulose, bem como os potenciais riscos a que estão expostos os investidores institucionais que investem em empresas dessas cadeias. |
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Financiamento para Energia Solar Fotovoltaica em Geração Distribuída Este estudo analisa a viabilidade econômico-financeira de adoção de sistemas fotovoltaicos no Brasil, de forma a examinar a escalabilidade de financiamentos bancários para estes projetos. |
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Gestão e Precificação de Carbono: Riscos e Oportunidades para Instituições Financeiras Este relatório aborda a gestão do risco climático por parte de bancos e de empresas, examinando o possível impacto para instituições financeiras da adoção de sistemas de precificação de carbono no Brasil, particularmente nos setores econômicos relevantes no portfólio de financiamento dos bancos. |
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Financiamento da Recomposição Florestal com Exploração Econômica da Reserva Legal Este estudo busca avaliar a viabilidade econômico-financeira de modelos de financiamento bancário para a recomposição de áreas de Reserva Legal onde há possibilidade de exploração econômica. |
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Instituições Financeiras e a Gestão do Risco de Desmatamento Este estudo buscou analisar as implicações da incidência física de desmatamento nas cadeias produtivas de pecuária de corte, soja, produtos madeireiros e óleo de palma para a gestão de risco das instituições financeiras. |
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Riscos e oportunidades associados ao capital natural para o setor financeiro Este relatório tem como objetivo analisar os riscos e oportunidades de operações financeiras em setores de uso intensivo de capital natural, identificando tendências, avanços e desafios para o controle do desmatamento em cadeias produtivas da soja, madeira e óleo de palma, apontando riscos e oportunidades de operações com estes setores pelo setor bancário, visando conciliar o fortalecimento da agropecuária com critérios de responsabilidade socioambiental. |
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Financiamento da Recomposição Florestal Este relatório tem como objetivo analisar a viabilidade econômico-financeira de modelos selecionados de financiamento para atividades de recomposição florestal sem uso econômico no Brasil. O estudo considera, para fins de escopo, os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso e as atividades produtivas de pecuária, cana-de-açúcar e soja. Além disso, foi considerado também o enfoque da agricultura familiar em sistema de multicultivo. |
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Edificações sustentáveis e eficiência energética Este relatório tem como objetivo apresentar um conjunto de propostas para que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) tenha condições de expandir o montante de recursos destinados ao financiamento de projetos que promovam a eficiência energética. Por eficiência energética entende-se conservação e uso racional de energia por meio de medidas de iluminação, de climatização (aquecimento e refrigeração) e envoltórias (ventilação natural e isolamento térmico). Inclui-se neste conceito a geração de energia por meio de fontes renováveis. O estudo se propõe, também, a subsidiar melhorias em mecanismos financeiros existentes ou a criação de novos instrumentos voltados para o financiamento dos projetos citados. |
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O Sistema Financeiro Nacional e a Economia Verde: mensurando recursos financeiros alocados na economia verde Este estudo tem por objetivo propor uma metodologia para identificação dos recursos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) para a Economia Verde (EV) – segundo definição da UNEP (United Nations Environmental Programme). O escopo de análise foi expandido em relação ao estudo de 2014, incluindo os montantes alocados em setores potencialmente causadores de impacto ambiental, que são setores com potenciais impactos positivos e/ou negativos, e que em ambos os casos, a gestão de risco socioambiental é fundamental, seja para minimizar impactos negativos ou potencializar impactos positivos. |
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Green Bonds O estudo visa contribuir para a discussão sobre as oportunidades e os limites para o desenvolvimento de um mercado de Green Bonds no Brasil, a exemplo da experiência internacional. |
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Cotas de Reserva Ambiental (CRA) O estudo visa contribuir para a discussão sobre as oportunidades e os limites para que as Cotas de Reserva Ambiental (CRAs) possam se configurar como valores mobiliários ofertados publicamente, atraindo o interesse de investidores que não estejam direta e operacionalmente interessados em compensar déficit de Reserva Legal. |
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O Sistema Financeiro Nacional e a Economia Verde: Alinhamento ao Desenvolvimento Sustentável Esta é a primeira publicação lançada pelo FGVces e pela FEBRABAN no contexto da iniciativa do PNUMA sobre economia verde. Ela reúne três estudos complementares sobre o tema: o volume de recursos alocados pelo Setor Financeiro na Economia Verde em 31/12/2013, o quadro institucional e regulatório do País para o Setor Financeiro Nacional com relação ao tema, e a relação entre finanças e sustentabilidade em dois setores (agronegócio e energias renováveis) e dois temas da economia (biodiversidade e cidades). |
Parceiros
- Adam Smith Institute
- Centro de Estudos em Agronegócio (FGV Agro)
- FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos
- FGV Energia
- Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ)
- Imperial College London - Grantham Institute e Centre for Climate Finance and Investment
- Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA)
- Instituto Clima e Sociedade (iCS)
- Oak Foundation
- WWF