Documento sintetiza recomendações sobre como impulsionar a economia circular no Brasil

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Documento sintetiza recomendações sobre como impulsionar a economia circular no Brasil

11.02.2025

Relato publicado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV sistematiza indicações para fortalecer as frentes de governança e integração de atores, financiamento, educação e design 

Com a participação de dezenas de profissionais, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV conduziu uma rodada de diálogos para construir coletivamente conhecimentos sobre como impulsionar a economia circular no Brasil. Por meio da aplicação do método de conversação colaborativa world café, as pessoas foram divididas em quatro grupos temáticos:  governança e integração de atores, financiamento, educação e design.  

A partir da pergunta “Qual é o papel que você pode exercer para avançarmos a Economia Circular no Brasil?”, pessoas especialistas das mais diversas áreas trouxeram suas perspectivas e experiências para propor coletivamente caminhos e medidas com potencial para difundir e implementar a prática nas cadeias de valor brasileiras.  

Os diálogos foram conduzidos e facilitados por Beatriz Luz (Exchange 4 Change Brasil e Instituto Brasileiro de Economia Circular), Ricardo Valente (Finep), Gabriela Alem (FGVces) e Gabriel Machado (ApexBrasil) e geraram importantes contribuições, agora sintetizadas e disponíveis para consulta no documento Perspectivas futuras para a Economia Circular no Brasil (clique aqui para acessar).

Reflexões e recomendações

O grupo que debateu “Governança e integração de atores” destacou, entre outros pontos, a necessidade de introduzir a agenda na cultura das organizações, o que passa por envolver suas lideranças, e a importância da criação de projetos-piloto e do registro de seus resultados para a geração de conhecimentos e referências que possam influenciar a construção de políticas públicas.  

Na frente de “Financiamento”, identificou-se uma necessidade básica de acesso à informação. Muitas pequenas e médias empresas não conhecem, por exemplo, a Finep, agência pública de financiamento à inovação, cujos editais se estendem às PMEs. Além de superar essa barreira, as PMEs precisam se estruturar para conseguir apresentar as garantias e contrapartidas exigidas por agências, bancos e demais financiadores.  

Já em “Educação”, os diálogos trouxeram à tona os desafios de aproximar as pessoas da agenda, fazendo-as se perceberem sua relevância e, mais do que isso, preparando-as para transformar conhecimentos em algo prático.  

Por fim, no grupo sobre “Design”, os diálogos trouxeram ideias de soluções para o conhecido problema da falta de fornecedores alinhados aos princípios da economia circular e para os desafios de logística. O uso de selos e campanhas de comunicação com o uso de storytelling foram outras sugestões que emergiram, estas relacionadas ao problema dos custos com reciclagem.

Gestão para sustentabilidade e práticas de economia circular em PMEs 

A produção do documento se insere no âmbito do projeto Ancorando Cadeias de Valor Sustentáveis no Brasil, realizado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGVces) em parceria com a Câmara de Comércio da Espanha (CCE) e a Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.  

Ao longo de 20 meses de trabalho, a iniciativa promoveu a gestão para sustentabilidade e a adoção de práticas de economia circular entre pequenas em médias empresas brasileiras conectadas às cadeias de valor de duas grandes empresas-âncora no país: Telefônica-Vivo e Neoenergia Iberdrola. 

Para saber mais sobre o projeto e acessar todas as publicações geradas, acesse: eaesp.fgv.br/centros/centro-estudos-sustentabilidade/projetos/ancorando-cadeias-valor-sustentaveis-brasil  

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